FUMOBRANCO
PHASE II
Learn from yesterday, live for today, hope for tomorrow


30/11/2006

MACAU...NO SEU MELHOR!_8

8. Macau no seu melhor... mesmo! No Centro Hospitalar Conde S. Januário já existe um toldo que cobre o caminho desde a paragem de autocarro até à entrada principal, circundando o hospital, permitindo a todos não apanharem a chuva...molha tolos! (MACAU)

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29/11/2006

THE EYE OF THE STORM

Cassini stares deep into the swirling hurricane-like vortex at Saturn's south pole, where the vertical structure of the clouds is highlighted by shadows. Such a storm, with a well-developed eye ringed by towering clouds, is a phenomenon never before seen on another planet. Credit: NASA/JPL/Space Science Institute

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28/11/2006

MACAU.XMAS.2005_AN OPEN LETTER TO MC.

Synopsis: Macau.Xmas.2005 is an experimental short film that documents the obstacles and challenges most Macanese endure when developing a career in the creative industry. In the one-month time before the Christmas month of 2005, Mia, the main character, encounters a miracle that forever changes her life.

Yesterday, I attended the screening of MACAU.XMAS.2005, at the Macau Cultural Centre. The theater was unexpectedly crowded. During the film, I felt what I seldom feel when watching movies. I felt compassion towards the main character, Mia, and identified with her issues, mostly due to the fact that I am too, I think, a creative person who, in my case, gave in to the necessities of life. But I'm still struggling to become what I always wished to be, in other words, to write good scripts and direct good movies (acting a little bit as well). The film made me believe that I can still pursuit my dreams no matter what.

I loved the film as, I am sure, the audience loved it too. And I treasured the experience of sharing a moment of creativity and originality, two things that I really miss since I came to Macau, three years ago. I tough artists like yourselves were gone to foreign countries or did not exist here. It is therefore up to you to make people experience different ideas and make them think about the world around them. Help them discuss issues and give opinions and regain the awareness lost to the settled Macau that we all know.

The original score and theme music, as well as the editing, are extremely well crafted for this kind of project. The music was a great asset to the story, from the incidental to the main theme “Miracle”, it gave the depth that we sought to achieve, as an audience, and actually helped translating the message of the story into feelings that, at some point, made me sob.

Although the movie was shot on video, the picture was incredibly well edited and the color and texture made it original and offered a fresh look at Macau. I saw, trough the eyes and thoughts of the characters, together with the wonderful feel of the images and music, a nostalgic and rather mundane Macau, a city of lights, darkness and sadness where artists have it the hard way. For sure, this Macau I never saw before and I am glad to have seen it. After all, this is not a movie that goes and tells you to dislike Macau but quite the opposite, tells you that this land is worth fighting for but it requires you to make your own opportunities and make it happen.

Lastly I am sorry I did not attend the Q&A session forcefully removing myself to take care of personal matters. I am not clearly in the movie, only in the behind the scenes footage, but during the brief period I spent with all of you, I felt what you all felt, the spirit of Christmas future and things to come.

Thank you.

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27/11/2006

O VENTO SOPRA LÁ FORA.


O vento sopra lá fora.

O vento sopra lá fora.
Faz-me mais sózinho, e agora
Porque não choro, ele chora.


É um som abstracto e fundo.
Vem do fim vago do mundo.
Seu sentido é ser profundo.


Diz-me que nada há em tudo. .
Que a virtude não é escudo
E que o melhor é ser mudo.

(Fernando Pessoa)

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MACAU...NO SEU MELHOR!_7



7. No seu melhor mesmo. Raras são as vezes em que pudemos apreciar
um céu tão fantástico como este em na RAEM, aqui retratado a partir da
6.a Feira de Gastronomia de Macau, perto da Torre de Macau! (MACAU)

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22/11/2006

FUSÃO OU FISSÃO?... EIS A QUESTÃO!

NOTÍCIA DO JORNAL "METRO", EDIÇÃO PORTUGAL,LISBOA
22.11.06 "Primeiro reactor de fusão nuclear vai produzir "luz limpa" - sem gases nocivos ou resíduos radioactivos "
O Primeiro reactor de fusão nuclear do mundo poderá começar a funcionar já em 2018. Sete parceiros internacionais chegaram ontem a acordo quanto à construção do primeiro reactor que, por contraposição às actuais centrais de fissão nuclear, produzirá energia mais limpa, mais barata e ilimitada. Sete parceiros internacionais, entre os quais a União Europeia, assinaram ontem em Paris um tratado que visa a construção de um reactor experimental de fusão termonuclear. O acordo, que envolve mais de dez mil milhões de euros, é o corolário de vários anos de duras negociações internacionais que conduziram, em Junho de 2005, à escolha de Cadarache, em França, para sede do projecto. China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia e União Europeia são os sete intervenientes no processo.

O Reactor Termonuclear Experimental Internacional (ITER, a sigla em inglês) deverá começar a ser construído em 2008, estando o início da sua exploração previsto para 2018. Fusão, diferente de fissão O projecto baseia-se na fusão nuclear controlada, um método assumido como uma fonte de energia mais limpa, mais barata e ilimitada. Solução alternativa à fissão nuclear, a fusão termonuclear controlada visa reproduzir as reacções que ocorrem no Sol e nas estrelas. O processo, há anos tentado sem êxito pelos cientistas, será alvo de investigações e experiências no ITER, logo que comece a funcionar em pleno, previsivelmente em 2018. Se as experiências tiverem êxito, como se espera, só deverão resultar na produção comercial de electricidade no próximo século, embora haja cientistas a prevê-la já daqui a 40 anos.

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21/11/2006

MACAU...NO SEU MELHOR!_6

6. Por estas bandas nao se ouviu ainda falar de obras
de conservação de edificios! (MACAU)

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MACAU...NO SEU MELHOR!_5


5. Factura de uma conhecida companhia de telecomunicações
de Macau...pague 1 avo!!! Sem comentários.(MACAU)

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18/11/2006

NEM TODOS OS PORTUGUESES SAO TRASTES!

Uma nota relativamente aos cidadãos sem emprego em Portugal. Nem todos aqueles que se encontram inscritos nos centros de emprego do IEFP recebem subsídio da Segurança Social. Para mais, os funcionários desses centros explicam a todos os inscritos o procedimento adoptado: procuram emprego apenas dentro do perfil e habilitações daqueles que lá vão dando hipótese de recusarem até três ofertas.

Aos outros que auferem de subsídio não lhes chegam, inúmeras vezes, quaisquer ofertas de emprego. Reconheço que existem de facto cidadãos que se recusam a trabalhar para viverem à custa do estado. Muita da culpa reside no sistema vigente, desadequado, e que acarreta vícios que ninguem pediu para ter.

Não me envergonho de divulgar que já vivi do subsídio de desemprego em Portugal, sem ociosididade, procurando activamente emprego que acabei por conquistar dado que nunca me chegou qualquer oferta, apenas tendo periodicamente recebido do Centro de Emprego um postal dizendo: Quer que continuemos a procurar emprego para si ou podemos parar?
Por favor não limitem a vossa visão aos aspectos macroeconómicos ou sociais divulgados de forma enviesada pelo inerente sensacionalismo dos grandes fazedores de opinião pública. Nem todos os portugueses são trastes!

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17/11/2006

A CEREJA NO BOLO DAS CALÚNIAS


EXTRATO DE NOTÍCIA DO DN
17.11.06"Ministério acusa sindicatos de manipular estudantes "
"Uma coincidência óbvia." Foi desta forma que o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, respondeu ontem aos protestos dos alunos do básico e secundário contra as aulas de substituição, insinuando que os jovens foram manipulados pelos sindicatos de professores, por forma a que se manifestassem no dia em que se iniciava a última ronda de negociações do novo Estatuto da Carreira Docente (ECD). Uma insinuação concretizada horas mais tarde pela Juventude Socialista (JS), acusando a instrumentalização dos estudantes por parte dos sindicatos e da Juventude Comunista Portuguesa (JCP). "Uma calúnia", responderam os sindicalistas. "Totalmente falso", garantiram os jovens comunistas.
"Uma calúnia que nem merece consideração." Foi desta forma que Paulo Sucena, secretário geral da Fenprof, reagiu às acusações, considerando que esta "é apenas uma forma de desvalorizar um protesto significativo e justificado".
Para colocar a cereja no bolo das calúnias aos professores, a Senhora Ministra da Educação comentou à RTP, em breves palavras, o quanto "os professores estão a instrumentalizar os alunos relativamente às aulas de substituição" e aos protestos que juntaram, inadvertidamente, alunos e professores às portas do Ministério.
A poucos dias de festejarmos o Dia Mundial do Professor, agora, mais do que nunca, é preciso devolver aos professores não só o estatuto que merecem como o respeito e a dignidade que de resto são direitos inerentes a todas as classes profissionais. Vamos parar com as tretas e intenções de lobo mau em pele de cabritinho Sra. Ministra.
A Montanha já pariu um rato Sra. Ministra, e este roedor transporta consigo a peste, ferrando os dentes coincidentemente, apenas em determinada classe profissional...

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15/11/2006

MACAU...NO SEU MELHOR!_4


4. Esta espécie de coreto alberga algum entulho encerrada por gradeamento. O transeunte questiona-se certamente para que raio existe tal estrutura?
Pelo menos o entulho não apanha chuva! (TAIPA)

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MACAU...NO SEU MELHOR!_3

3. Na barraca pode ler-se "Transmac terminal office"...
...a boa imagem do transporte público! (TAIPA)

14/11/2006

VÁ DORMIR SENHORA MINISTRA!

EXTRATO DE NOTÍCIA DO DIÁRIO XXI online, de 14.11.06"Corte de 343 milhões de euros nas verbas com o pessoal"


A Educação foi relegada para segundo plano. A ministra veio aqui [ao Parlamento] dizer-nos que a Educação pára este ano e segue dentro de momentos”, criticou o deputado social-democrata Pedro Duarte no debate do Orçamento de Estado na especialidade.O corte de 343 milhões de euros nas verbas com pessoal foi particularmente contestado pelos partidos da oposição, sobretudo pelo PCP, que teme que a redução implique “o despedimento de milhares de professores”.
"A nossa expectativa é reduzir em cinco mil o número de professores contratados relativamente ao ano passado”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.


Ó Senhora Ministra, vá dormir! E para que durma um soninho descansado, aqui ficam algumas dicas. Durma bem, durma muito, e de preferência durma na sua cama já que a fez!!!

Para chamar o sono:

• Deite-se apenas quando tiver sono.
• Se não conseguir dormir passados 30 minutos, levante-se, saia do quarto e faça algo relaxante, como ler um livro ou ouvir música.
• Tente levantar-se à mesma hora todos os dias, independentemente da hora a que se deitou.
• Não tenha televisão no quarto.
• Não tenha relógio ou telemóvel à cabeceira. Ver as horas durante a noite gera ansiedade.


(fonte: jornal METRO, 14.11.06)

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12/11/2006

MACAU...NO SEU MELHOR!_2


2. Ainda bem que este não é o meu prédio... (NAPE)

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11/11/2006

MACAU...NO SEU MELHOR!_1

1. Quando o chafariz não dá... (NAPE)

Inauguro hoje uma rubrica, congénere de outra de carácter luso, de periodicidade ainda por estipular, adaptada as novas realidades de Macau, onde tentarei mostrar o lado mais caricato e catita desta região especial, sempre...no seu melhor!

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09/11/2006

BASTA DE ZURROS!


Viewed as an art, the success of education is almost impossible
since the essential conditions of success are beyond our control.
Our efforts may bring us within sight of the goal,
but fortune must favour us if we are to reach it.
(Jean Jacques Rousseau, Emile)

Vivemos tempos de mudança, de reforma e de aselhice, tudo junto. Falo mais especificamente da educação pública em Portugal e na desacreditação do profissional da docência, ao nível dos ciclos básico e secundário, pelos cabalistas tecnocratas do governo, mais precisamente, do actual ministério da educação, na figura da sua ministra.

Logo que se ocupou do seu gabinete e instalou nas direcções os respectivos comparsas ou devassos da política, a Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, socióloga, e sua equipa resolveu apurar responsabilidades do que herdou e, como costumeiro, apontou baterias para uma das figuras da história mal contada da educação portuguesa, a figura do docente, denegrindo criminosamente e de imediato, tratando “abaixo de cão” todos os docentes, indiscriminadamente, de forma impune. Propôs então muitas novidades, como costumeiro com cada novo governo, traduzidas em medidas que se revelaram uma mescla de reformas e aberrações.

Por um lado continua teimosamente a querer ocupar-se do concurso para colocação de docentes em estabelecimentos de ensino públicos do território continental português, informatizado, dado que estamos no século XXI, produzindo com isso inúmeros erros de colocação materializados no favorecimento indevido de uns para humilhação de outros. Depois foi o fiasco dos exames nacionais com erros imperdoáveis para um ministério que se diz detentor da verdade suprema da educação nacional. Agora o conto do estatuto do docente. Desde quando o estatuto dos professores condiciona exclusivamente a qualidade de ensino e vice-versa? Enquanto se mantiver esta ilusão, nada mudará para melhor. Com isto quero reconhecer que o sistema não é perfeito mas apenas que este não é o caminho. A questão da avaliação dos professores é a meu ver fundamental, mas que pode resvalar em resultados injustos e destorcidos, se não for bem estruturada, baseada em critérios quantificáveis e efectuada de forma científica, onde não há lugar para tecnocratas e opiniões avulsas.

Dado isto, proponho que se façam as mesmas avaliações para os médicos, gestores, e outros ditos profissionais públicos. Mas porque acho que isto nunca iria acontecer? Talvez porque estes profissionais defendem bem os seus interesses com lobbies impenetráveis aos tentáculos governamentais. Quanto aos professores, que vêem os seus direitos desmembrados por 14 sindicatos descoordenados e conjuntamente ineficazes na defesa dos seus direitos à mesa das negociações com o governo, ficam-se pelo ruído de fundo. Unidos numa ordem dos professores teriam oportunidade para não só serem ouvidos como recuperarem o reconhecimento merecido entre os profissionais públicos.

Penso que será o momento de esclarecer aos mais economicistas dos comentadores e alvitreiros de ocasião que a educação gasta dinheiro, ponto final. Assim como a arte, a cultura. Verdade seja dita que se gasta muito dinheiro e os resultados não são os melhores, dizem os especialistas da estatística. Reveja-se então a distribuição do dinheiro e que esta seja mais rigorosa e justificada. Mas a confusão é que educação não é arte, ou pelo menos educar não é uma arte, assim como medicina não é arte. Ensinar utiliza técnicas, metodologia e conhecimentos com bases científicas necessariamente relacionadas com o conteúdo leccionado e implementadas numa realidade próxima dos alunos, literalmente, cara a cara.

Estimular a competitividade no contexto de uma sala de aula é em si um erro. Se ela existir surge sempre de forma natural entre os alunos devendo sofrer intervenção reguladora por parte do docente. A competição faz-se no mercado de trabalho. A educação não é o mercado de trabalho e deve colher frutos não pela competição mas com base na criação de uma vontade de aprender mais e mais, de construir-se através da satisfação pessoal de dar o seu melhor independentemente do resultado e do facto de encontrar interesses renovados não só por si e pela escola mas em última instância pelo mundo.

Pois esta realidade falta nos gabinetes e salas do ministério e direcções regionais de educação que, valendo-se de ideias reformistas, porque está sempre tudo mal, atropelam direitos, atacam estatutos, matam paixões, destroem profissionais, impunemente. De uma vez por todas acertemos agulhas: a educação em Portugal não é exclusiva dos docentes profissionais. Conselho executivo, auxiliares de acção educativa, psicólogos, professores auxiliares, direcções regionais de educação, secretarias de estado e ministério e em última instância o primeiro-ministro mas também os Pais, todos desempenham um papel. Os pais, principais interessados na felicidade dos seus filhos-alunos deveriam ser responsabilizados e envolver-se mais pelos seus filhos e pela sua vida escolar. Consequência desse afastamento cria alarvidades do estilo: os pais possam registar a sua opinião na avaliação dos docentes, quando não têm competência para o fazer, que dirigentes ornejem que um professor experiente pode substituir um psicólogo quando este não existe, revelando um analfabetismo educativo alarmante e preocupante, entre outras.

Para bode expiatório e lavagem de todos os pecados de sucessivos ministérios que não têm sabido actuar de forma concertada com uma política de fundo para a educação, crucificaram a figura do docente, onde incluem os profissionalizados e os não profissionalizados ou especialistas, outra injustiça, atribuindo-lhe todos os pecados e podridão de um sistema educativo, constituído por múltiplos outros agentes. Será sempre mais fácil dizer que quem dá a cara é quem tem a culpa, quando o que se faz nos gabinetes e por todos os intervenientes da estrutura educativa contribui para o desenlace final. Como culpar uma única peça na engrenagem da educação pelo falhanço de uma reforma ou pelo insucesso escolar? O sistema não muda apenas abatendo professores de forma cega, muda com políticas mais próximas da realidade das escolas, dos seus bons profissionais que todos os dias se esforçam por dar aos nossos filhos o melhor de si.

Que os alunos estejam ocupados a maior parte do dia evitando que afundem nas malhas do alheio, sejam vítimas de sequestro, violência e outras barbaridades é igualmente o meu desejo enquanto professor, não praticante, e pai. Mas a questão é saber se esta ocupação vem acompanhada de reconhecimento dos agentes educativos pelo seu esforço e pelo envolvimento efectivo dos pais no tempo com que estão com os filhos. Nada funciona na escola se em casa não tiver eco e continuidade. De uma vez por todas, os pais devem envolver-se com os filhos na sua vivência escolar, participar da mesma através dos mecanismos legais, administrativos e lúdicos à sua disposição.


Já basta todos os problemas que a escola tem de resolver por si, para além dos criados por estas políticas cegas produzidas à secretária dos gabinetes, em bonitos documentos teóricos que na realidade mais não fazem senão denegrir mais a imagem do docente. Basta de transformar a escola num tribunal e os professores em juízes e advogados das partes sempre que acontecem incidentes na escola, basta de atribuir aos professores funções psicólogo, basta de colocar professores nos conselhos executivos sem formação em gestão escolar, basta de programas das disciplinas desadequados, gigantesco e sem sequência lógica, basta de turmas gigantes onde é impossível dar a atenção devida a todos os alunos, basta de pedir mais e mais aos professores e não lhes dar nem remuneração condizente nem reconhecimento pelo esforço pessoal do dia-a-dia escolar, basta da falta de segurança nas escolas quando a polícia deveria manter dispositivos de segurança físicos à porta da escola. Violência nas escolas, roubos, desautoridade, abuso, absentismo, bullying, problemas psicológicos e afectivos e crimes são algumas das angústias com que os agentes educativos se debatem no seu quotidiano profissional, questões sem resposta por parte do governo que apenas direcciona a responsabilidade global para uma figura educativa. Injusto e pecaminoso.

Ao invés de denegrir continuamente a imagem do professor deveria o governo celebrar o dia do professor e olhar para ele como um aliado especial e instruído nos mecanismos da aprendizagem e desenvolvimento das crianças, adolescentes e jovens adultos portugueses. Mas não se equivoquem: os professores não substituem os pais dos seus alunos e enquanto continuarmos nesta ilusão mentirosa nem o maior especialista em educação mundial conseguirá mudar o sistema educativo português. O que não consigo também conceber é como uma figura como a do Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que já foi professor do ensino secundário com formação em Biologia e que detém um master em educação, compactua com esta política destrutiva. Decerto que ele, um pedagogo, daria melhor ministro que uma socióloga.

Basta de zurros. Basta de leigos a gerir os nossos destinos. Basta.

07/11/2006

WHAT THE HELL IS GOING ON SIS'?

Clueless and lost after a "beating"...


Stop the bullying

 

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